segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Antes da CPI, algumas risadas

Meus amigos,
Como a terra da feijoada está adotando cada vez mais a culinária italiana em sua política, que, pelo menos, demos algumas risadas antes de mais uma inútil CPI. Sugiro pizza com guaraná para acompanhar o vídeo, candidato a clássico do You Tube. Pagamento, de preferência, sem cartão corporativo.


* Cenas retiradas do filme "A Queda".

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Chega de folia, voltemos ao trabalho!

Meus amigos, prometi e fiquei devendo a matéria de vídeo sobre o carnaval popular do Rio de Janeiro. Infelizmente com as chuvas ininterruptas que assolaram a Cidade Maravilhosa, fiquei de mãos atadas e não pude registrar muito além da Banda de Ipanema (na terça, dia 05/02) e o Monobloco (ontem, dia 10/02). Acredito que não tenho material suficiente, não tenho "sonoras" e "passagens", enfim ficou difícil montar a matéria.

Entretanto, para começar o ano "pra valer" – pois o NA LUTA também é um blog sério –, ofereço a vocês uma entrevista com a designer Renata Mendes, auditora ISO 14001 da Helisul Táxi Aéreo, que fala sobre a importância da responsabildade ambiental nas empresas.


Responsabilidade certificada pela sociedade
A consciência ambiental é valor que dá destaque às empresas no mercado

Leonardo Felix

Em tempos que os termos “aquecimento global”, “efeito estufa” e “combustíveis alternativos” passam a fazer parte das conversas cotidianas, a sociedade demonstra que está mudando sua relação com o meio ambiente. O que antes ficava restrito aos centros de pesquisa e aos cientistas chega aos cidadãos e às empresas aplicando-se ao mercado altamente competitivo, sendo um fator que pode determinar o sucesso ou fracasso de uma organização. Em entrevista concedida ao blog NA LUTA, Renata Mendes, apoio operacional da Helisul Táxi Aéreo Ltda., fala sobre a importância do desenvolvimento da consciência ambiental, da atitude responsável das empresas endossada pela certificação ISO 140001 e da postura pró-ativa também da sociedade para preservar a natureza.

NA LUTA – É bastante comentada a necessidade das empresas se adequarem às novas demandas da sociedade, entre elas a responsabilidade social e ambiental. Na prática, quais são as ações que a Helisul toma a esse respeito?

Renata Mendes – A Helisul Táxi Aéreo, por possuir grande preocupação com questões ambientais, vem tomando medidas há alguns anos no sentido de diminuir os possíveis impactos de sua atividade no meio ambiente. Para ilustrar, posso citar o apoio que a Helisul dá ao Parque Nacional da Tijuca, aqui no Rio de Janeiro. Nossos pilotos quando fazem vôos panorâmicos pela cidade tomam o cuidado de manter os olhos na floresta e quando detectam focos de incêndio no parque notificam imediatamente ao Ibama. Ajudam também a apagar o incêndio jogando água em áreas onde os bombeiros têm difícil acesso. Isso é feito com uma caçamba de combate a incêndio – Bambi-Bucket – que a Helisul mantém em sua base para esse tipo de necessidade.

NA LUTA – A Helisul presta serviços de táxi aéreo e passeios de helicóptero, atividades estas emissoras potenciais dos gases que provocam o efeito estufa, o que nos remete ao Protocolo de Kyoto. Quais ações foram adotadas pela empresa para atender as metas do Tratado?

Renata Mendes – A Helisul Táxi Aéreo entrou em contato com uma empresa que presta consultoria ambiental, há cerca de um ano. Essa empresa levantou informações relativas à operação dos helicópteros e do apoio operacional dado às aeronaves e emitiu um relatório mostrando qual a quantidade de gás carbônico (CO2) a Helisul libera por ano. Em posse desse número, foi feito um estudo que mostrou quantos hectares de floresta a Helisul precisa plantar para “seqüestrar” o carbono que libera na atmosfera. Neste momento, a Helisul estuda com cuidado possíveis áreas para o plantio dessa floresta.

NA LUTA – O que determina a certificação ISO 14001 e qual seu impacto sobre o funcionamento das empresas?

Renata Mendes – A Certificação ISO 14001 determina que as empresas elaborem um estudo dos impactos ambientais causados por sua operação, e através deste estudo desenvolvam um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). No SGA a empresa determina metas a serem cumpridas a curto e longo prazo visando minimizar os impactos causados no meio ambiente. A certificação ISO 14001 só é dada às empresas cujo SGA é aprovado pelo órgão certificador.

NA LUTA – Qual a atuação de um auditor ISO 14001 e sua importância para as empresas?

Renata Mendes – As empresas ao receberem sua certificação ISO 14001, precisam formar auditores ambientais internos, que funcionarão como fiscais responsáveis por garantir o bom funcionamento do SGA e por qualquer questão ambiental pertinente ao seu local de trabalho. Por exemplo, dentro de um escritório o auditor deve tomar cuidados com luzes acessas sem necessidades, reciclar o papel que não será mais utilizado. Além disso, deve sempre despertar a consciência ambiental em seus colegas de trabalho, alertando sobre os cuidados necessários para a preservação.

NA LUTA – Qual o verdadeiro nicho de mercado para as empresas e para os profissionais que atuam de acordo com os preceitos da responsabilidade ambiental?

Renata Mendes – O mundo está muito preocupado com o meio ambiente. Aquecimento global hoje é um assunto que sentimos na pele e que chama nossa atenção. Acredito que qualquer profissional ou empresa que demonstre ter responsabilidade ambiental e tome atitudes pró-ativas pelo meio ambiente ganhará posição de destaque em nossa sociedade. Consciência ambiental hoje é um assunto que agrega valores.

NA LUTA – Que passos as organizações devem dar para se tornarem verdadeiras gestoras ambientais?

Renata Mendes – Devem estar 100% conectadas com a legislação ambiental existente em seus países e precisam tomar atitudes concretas visando melhorias.

NA LUTA – Em sua opinião, o país está trilhando o caminho do desenvolvimento sustentável? Essa via é possível para as nações em desenvolvimento como Brasil, Índia e China?

Renata Mendes – Vejo algumas grandes empresas tomando caminhos sustentáveis, mas falando de governo, não vejo atitudes concretas e práticas no sentido de tornar sustentável o desenvolvimento do Brasil. As nações em desenvolvimento precisam encontrar uma medida entre recomendações ambientais existentes e as reais necessidades das empresas. Afinal, não adianta o governo criar uma legislação ambiental muito bem elaborada, se ela apenas recomenda ações que as grandes empresas que consomem os recursos naturais não se sentem obrigadas a seguir.

NA LUTA – O Brasil tem alcançado destaque internacional ao discutir e promover a produção de combustíveis alternativos, tais como o álcool e o biodiesel, mas ainda encontra grande resistência dos países produtores de petróleo. Qual a posição do setor de transportes e de aviação nessa polêmica? É possível em curto e médio prazo este segmento adotar algum combustível alternativo, mais econômico e menos poluente?

Renata Mendes – O combustível comumente usado na aviação é o querosene. As empresas fabricantes de motores de aeronaves vêm realizando estudos no sentido de tentar encontrar combustíveis alternativos. Mas como esses estudos podem demorar a apresentar resultados concretos, alguns fabricantes investiram na fabricação de aeronaves mais econômicas, que consomem uma quantidade menor de querosene. Foi o caso de nossa fabricante brasileira de aeronaves, a Embraer, que lançou modelos de E-Jets com motores até 50% mais eficientes. A Embraer também lançou em 2004 um avião a álcool, a Ipanema.

NA LUTA – Como a Helisul trabalha a responsabilidade sócio-ambiental com seu público interno - colaboradores e fornecedores - e externo - os clientes?

Renata Mendes – A Helisul em 2004 por ter recebido a certificação da ISO 14001, deu cursos de formação de auditores ambientais internos, para seus pilotos, mecânicos e pessoal de operações, no Rio de Janeiro, Curitiba e Foz do Iguaçu. Além desse curso inicial, é feito periodicamente um curso de reciclagem.
Tomamos algumas medidas práticas que atingem nossos fornecedores e clientes, como escrever nos folhetos que os mesmos não devem ser jogados no chão, colocamos placas nos banheiros e cozinhas pedindo cuidado a usar a água e para não esquecerem luz acessa. Além disso, estampamos o logo da ISO 14001 em nossos helicópteros, mostrando para os clientes que a empresa cuida do meio ambiente.

NA LUTA – A questão do meio ambiente está intimamente ligada não só à atuação das grandes corporações e dos governos, mas também a do cidadão. Como a cidadã Renata Mendes contribui para a preservação da natureza?

Renata Mendes – Minha contribuição começa com pequenos gestos: não lavar louça com água ligada, não deixar luzes acessas sem necessidade, separar matérias que eu possa levar para coleta seletiva, usar a menor quantidade possível de sacolas plásticas, entre outros.
Mas eu também contribuo despertando em meus amigos e familiares a consciência de que podemos e devemos fazer nossa parte para preservar nosso planeta. Acredito que é muito importante para o cidadão entender e saber conversar sobre a política que envolve as questões ambientais, mas só isso não é suficiente. Atitudes contam muito mais na luta pela preservação do meio ambiente.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Reflexão profissional em clima de folia


Olá, amigos! Navegando na Internet, localizei em um dos meus sites preferidos, o Comunique-se, uma notícia sobre uma pesqusa, de certa forma alarmante, para os profissionais do jornalismo:

74% dos jornalistas jovens querem deixar profissão, diz pesquisa dos EUA

Redação Comunique-se

Um estudo da Universidade de Ball State, no Estado de Indiana, nos Estados Unidos, apontou que 74,5% dos jornalistas com menos de 34 anos estão decididos (31%) ou pensando (43,5%) em deixar a profissão.

Os números da falta de motivação entre os jovens superam a média dos entrevistados: 25,7% dos jornalistas pensam em deixar a profissão, enquanto 36,2% disseram-se em dúvida quanto à carreira.

Entre os motivos da desistência estão os baixos salários, a longa jornada de trabalho e o estresse.

Os jornalistas que deixarão a profissão não vão, necessariamente, abandonar a indústria da mídia, diz a pesquisa. Alguns serão free-lancers, outros pensam no setor de Relações Públicas. Entre outras opções está buscar uma carreira acadêmica e cursar outra área de estudo.

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Aqui no Brasil podemos citar também o inchaço do mercado, a formação profissional inadequada e a ascensão do chamado "Q.I" (quem indica) nas redações como fatores que contribuem para que os profissionais migrem para outras áreas a fim de obter sustento. Vivo isso, pois ainda não consegui trabalhar com Comunicação e com carteira assinada após a minha formatura (2004). Como sou insistente, ainda acredito no êxito.

Despeço-me de todos e retornarei após o carnaval com algum material interessante sobre a folia no Rio. Estarei em diversos blocos de rua buscando um olhar diferente sobre esta festa popular.

Abraços e bom carnaval!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Utilidade pública: saiba mais sobre a febre amarela

Qual a diferença entre febre amarela silvestre e a febre amarela urbana?

Ambas são semelhantes dos pontos de vista etiológico, fisiopatológico, imunológico e clínico, as diferenças entre elas dizem respeito à localização geográfica, espécie vetorial e tipo de hospedeiro.

Febre amarela silvestre: esta forma epidemiológica da doença ocorre pela picada do mosquito (dos gêneros Haemagogus e Sabethes) infectado com o vírus amarílico, na pessoa sadia que adentra o habitat natural dos macacos, ou seja, na mata. É uma série que ameaça às populações rurais e um risco permanente para a introdução do vírus nas grandes cidades e pequenas localidades infestadas pelo Aedes aegypti.

Febre amarela urbana: esta forma epidemiológica da doença ocorre pela picada do mosquito do gênero Aedes, que tem o habitat urbano, infectado com o vírus amarílico. A transmissão ocorre através da pessoa que retorna da mata infectada pelo vírus amarílico e é picada na cidade pelo Aedes aegypti que irá infectar este mosquito, que será o transmissor urbano.


Zonas endêmicas no Brasil
As localidades infestadas pelo Aëdes aegypti, cerca de 3600 municípios brasileiros, têm risco potencial da febre amarela. Em Boa Vista no Estado de Roraima e em Cuiaba, no estado do Mato Grosso existe focos endêmicos nas áreas urbanas.
A maior quantidade de casos de transmissão da febre amarela no Brasil, ocorre em regiões de cerrado. Porém, em todas as regiões (zonas rurais, regiões de cerrado, florestas) existem áreas endêmicas de transmissão das infecções. Estas principalmente ocasionadas pelos mosquitos do gênero Haemagogus, e pela manutenção do ciclo dos vírus através da infecção de macacos e da transmissão transovariana no próprio mosquito.

Onde existe a possibilidade de febre amarela, existe para malária e também para a dengue e outros. No Brasil, os casos vêm diminuindo desde 2003, contudo, em 2008, houve um aumento sensível de casos no início do ano.


Prevenção
A prevenção da febre amarela se dá por meio do combate ao mosquito e de vacinação.


Combate ao mosquito
Algumas medidas de combate ao mosquito são:

Substituir a água dos vasos de plantas por terra e manter seco o prato coletor.
Utilizar água tratada com cloro (40 gotas de água sanitária a 2,5% para cada litro) para regar plantas.
Desobstruir as calhas do telhado, para não haver acúmulo de água.
Não deixar pneus ou recipientes que possam acumular água expostos à chuva.
Manter sempre tapadas as caixas de água, cisternas, barris e filtros.
Acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa.


Vacinação
Pessoas que residem ou viajam para zonas endêmicas de febre amarela devem ser vacinadas. A vacina, com 95% de eficácia, tem validade de 10 anos. A pessoa não deve tomá-la novamente enquanto a validade permanecer. A vacina é composta de vírus atenuado. A vacina contra a febre amarela só passa a fazer efeito 10 dias após sua aplicação.


Fontes: Google e Blog Otherside

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Eric Clapton: o duelo entre o homem e o mito

Dualismo é o termo que melhor resume a trajetória pessoal e profissional de Eric Clapton, retratada agora pelo próprio mestre da guitarra em sua autobiografia de sucesso lançada no final do ano passado (Eric Clapton – A autobiografia, Editora Planeta, 2007, 400 páginas). Um músico talentoso, porém instável, a ponto de largar bandas no auge do sucesso para tocar por alguns trocados e por diversão; ser homem e ser “deus” – como as paredes do metrô de Londres o nomeavam na década de 60 –; ser pai e ser um astro do blues/rock; continuar vivendo, por mais que a morte o rondasse ao cair de cabeça nas drogas; permanecer na indústria da música por mais de 40 anos, mesmo defendendo com unhas e dentes um estilo musical considerado fora de moda, como o blues autêntico.

Clapton rasga sua intimidade e fala abertamente de sua triste e profunda relação com o álcool, mas maconha, cocaína, heroína, LSD também estão lá, numa viagem de loucura e boa música. Nada é preservado na narrativa, desde a infância pobre, de paternidade desconhecida; os relacionamentos sempre conturbados com belas e inumeráveis mulheres; a luta de egos permanente entre os integrantes do power trio Cream (denominado o primeiro “supergrupo” da história); a convivência com outros gênios como Jimi Hendrix, Muddy Waters e Ahmet Ertegun (morto em 2006, fundador do selo Atlantic), recentemente homenageado com a reunião do Led Zeppelin na capital britânica. Cabe registro especial à relação contraditória com George Harrison, de amor e ódio ao serem grandes parceiros musicais e disputarem durante anos o amor de Pattie.

Caos e redenção estão presentes em momentos emocionantes, como a lembrança da morte de Conor, o filho de cinco anos que caiu do 53º andar em um hotel em Nova Iorque. A dor gerou um dos maiores sucessos de Clapton, “Tears in Heaven”, do premiado álbum “Acústico MTV”, que lançou o guitarrista novamente ao estrelato. A luta contra o alcoolismo permeia sua vida e ficou como principal legado da perda de Conor. Segundo ele, “não havia maneira melhor de honrar a memória de meu filho” ao seguir os conhecidos 12 passos para a recuperação. Além disso, criou há cerca de 10 anos o Crossroads, centro de reabilitação de dependentes em Antigua.

Sóbrio há 20 anos, Eric Clapton mandou para longe seus demônios e vive feliz com sua esposa Melia e três filhas. Mesmo pensando seriamente sobre a aposentadoria, aos 62 anos segue a carreira com seus shows e álbuns repletos de feeling que embalam aqueles que vêem na música a sua religião:
– A música sobrevive a tudo e, como Deus, está sempre presente. Não precisa de ajuda, e não é obstruída. Ela sempre me encontrou e, com a bênção e permissão de Deus, sempre haverá de me encontrar – finaliza no livro.