sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Utilidade pública: saiba mais sobre a febre amarela

Qual a diferença entre febre amarela silvestre e a febre amarela urbana?

Ambas são semelhantes dos pontos de vista etiológico, fisiopatológico, imunológico e clínico, as diferenças entre elas dizem respeito à localização geográfica, espécie vetorial e tipo de hospedeiro.

Febre amarela silvestre: esta forma epidemiológica da doença ocorre pela picada do mosquito (dos gêneros Haemagogus e Sabethes) infectado com o vírus amarílico, na pessoa sadia que adentra o habitat natural dos macacos, ou seja, na mata. É uma série que ameaça às populações rurais e um risco permanente para a introdução do vírus nas grandes cidades e pequenas localidades infestadas pelo Aedes aegypti.

Febre amarela urbana: esta forma epidemiológica da doença ocorre pela picada do mosquito do gênero Aedes, que tem o habitat urbano, infectado com o vírus amarílico. A transmissão ocorre através da pessoa que retorna da mata infectada pelo vírus amarílico e é picada na cidade pelo Aedes aegypti que irá infectar este mosquito, que será o transmissor urbano.


Zonas endêmicas no Brasil
As localidades infestadas pelo Aëdes aegypti, cerca de 3600 municípios brasileiros, têm risco potencial da febre amarela. Em Boa Vista no Estado de Roraima e em Cuiaba, no estado do Mato Grosso existe focos endêmicos nas áreas urbanas.
A maior quantidade de casos de transmissão da febre amarela no Brasil, ocorre em regiões de cerrado. Porém, em todas as regiões (zonas rurais, regiões de cerrado, florestas) existem áreas endêmicas de transmissão das infecções. Estas principalmente ocasionadas pelos mosquitos do gênero Haemagogus, e pela manutenção do ciclo dos vírus através da infecção de macacos e da transmissão transovariana no próprio mosquito.

Onde existe a possibilidade de febre amarela, existe para malária e também para a dengue e outros. No Brasil, os casos vêm diminuindo desde 2003, contudo, em 2008, houve um aumento sensível de casos no início do ano.


Prevenção
A prevenção da febre amarela se dá por meio do combate ao mosquito e de vacinação.


Combate ao mosquito
Algumas medidas de combate ao mosquito são:

Substituir a água dos vasos de plantas por terra e manter seco o prato coletor.
Utilizar água tratada com cloro (40 gotas de água sanitária a 2,5% para cada litro) para regar plantas.
Desobstruir as calhas do telhado, para não haver acúmulo de água.
Não deixar pneus ou recipientes que possam acumular água expostos à chuva.
Manter sempre tapadas as caixas de água, cisternas, barris e filtros.
Acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa.


Vacinação
Pessoas que residem ou viajam para zonas endêmicas de febre amarela devem ser vacinadas. A vacina, com 95% de eficácia, tem validade de 10 anos. A pessoa não deve tomá-la novamente enquanto a validade permanecer. A vacina é composta de vírus atenuado. A vacina contra a febre amarela só passa a fazer efeito 10 dias após sua aplicação.


Fontes: Google e Blog Otherside

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Eric Clapton: o duelo entre o homem e o mito

Dualismo é o termo que melhor resume a trajetória pessoal e profissional de Eric Clapton, retratada agora pelo próprio mestre da guitarra em sua autobiografia de sucesso lançada no final do ano passado (Eric Clapton – A autobiografia, Editora Planeta, 2007, 400 páginas). Um músico talentoso, porém instável, a ponto de largar bandas no auge do sucesso para tocar por alguns trocados e por diversão; ser homem e ser “deus” – como as paredes do metrô de Londres o nomeavam na década de 60 –; ser pai e ser um astro do blues/rock; continuar vivendo, por mais que a morte o rondasse ao cair de cabeça nas drogas; permanecer na indústria da música por mais de 40 anos, mesmo defendendo com unhas e dentes um estilo musical considerado fora de moda, como o blues autêntico.

Clapton rasga sua intimidade e fala abertamente de sua triste e profunda relação com o álcool, mas maconha, cocaína, heroína, LSD também estão lá, numa viagem de loucura e boa música. Nada é preservado na narrativa, desde a infância pobre, de paternidade desconhecida; os relacionamentos sempre conturbados com belas e inumeráveis mulheres; a luta de egos permanente entre os integrantes do power trio Cream (denominado o primeiro “supergrupo” da história); a convivência com outros gênios como Jimi Hendrix, Muddy Waters e Ahmet Ertegun (morto em 2006, fundador do selo Atlantic), recentemente homenageado com a reunião do Led Zeppelin na capital britânica. Cabe registro especial à relação contraditória com George Harrison, de amor e ódio ao serem grandes parceiros musicais e disputarem durante anos o amor de Pattie.

Caos e redenção estão presentes em momentos emocionantes, como a lembrança da morte de Conor, o filho de cinco anos que caiu do 53º andar em um hotel em Nova Iorque. A dor gerou um dos maiores sucessos de Clapton, “Tears in Heaven”, do premiado álbum “Acústico MTV”, que lançou o guitarrista novamente ao estrelato. A luta contra o alcoolismo permeia sua vida e ficou como principal legado da perda de Conor. Segundo ele, “não havia maneira melhor de honrar a memória de meu filho” ao seguir os conhecidos 12 passos para a recuperação. Além disso, criou há cerca de 10 anos o Crossroads, centro de reabilitação de dependentes em Antigua.

Sóbrio há 20 anos, Eric Clapton mandou para longe seus demônios e vive feliz com sua esposa Melia e três filhas. Mesmo pensando seriamente sobre a aposentadoria, aos 62 anos segue a carreira com seus shows e álbuns repletos de feeling que embalam aqueles que vêem na música a sua religião:
– A música sobrevive a tudo e, como Deus, está sempre presente. Não precisa de ajuda, e não é obstruída. Ela sempre me encontrou e, com a bênção e permissão de Deus, sempre haverá de me encontrar – finaliza no livro.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

2008 pegando no tranco

Olá, meu amigos. Tenho andado ocupado e por isso não pude manter ativo o blog nos últimos dias. Abro os trabalhos do ano com a chamada do show "Bar Encontro Rock", no qual me aventuro na produção e ainda edito este vídeo de divulgação. Para completar, minha banda Tribo de Levi ainda vai se apresentar, vocês querem mais?

Retornarei pra valer com a resenha do livro "Eric Clapton – A Autobiografia".
Abraços a todos!