sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Dá-lhe, Eduardo Coutinho!

Olá, amigos! Muitos perguntaram nessa primeira semana de blog se o “NA LUTA” seria um espaço sobre cinema. A resposta é “não”. Mas como não falar da Sétima Arte quando a Cidade Maravilhosa transpira cinema nessas últimas duas semanas? Então vamos a mais uma postagem, agora sobre o novo filme do documentarista Eduardo Coutinho, “Jogo de Cena”, lançado na última quarta-feira (03/10), no Cine Odeon, como Hors Concours do Festival do Rio 2007. A sessão era fechada aos reles mortais, portanto para entrar arrumei convite totalmente “di grátis”.

O criador de “Cabra Marcado para Morrer”, “Babilônia 2000”, “Edifício Master” e “Peões” adentra o subjetivo mundo da atuação sob o ponto de vista feminino, com participações de Marília Pêra, Fernanda Torres e Andréa Beltrão, além de novas caras do cinema e teatro, como Mary Sheila (do grupo “Nós do Morro”, que fez parte do elenco do filme “Anjos do Sol”). Num autêntico jogo de cena, ficção e realidade se misturam, colocando lado a lado os depoimentos reais das personagens e os esquetes das atrizes. Coutinho mostra uma linha tênue entre esses elementos, trama tecida por histórias que relatam maternidade, casamento, amor, dor, perdas, morte, superação e esperanças.

Se em postagens anteriores reclamei do formato experimental demais de “Diário de Sintra”, “Jogo de Cena” mostra um documentarista experiente, preocupado em favorecer a informação e a emoção em detrimento de questões estéticas. Gostaria apenas que o close fosse menos usado e que o filme tivesse uns 15 minutos a menos. Usar outros enquadramentos de vez em quando e um cenário diferente não faria mal a ninguém. Mas não é nada que comprometa o lançamento de Eduardo Coutinho, que foi bastante aplaudido pelo público antes, durante e depois de sua exibição.

Detalhes da estréia que merecem ser registrados:

1) Encontrei com o cantor e compositor Lucas Santtana, que estava se equilibrando ema espécie de corrimão na parte superior do Cine Odeon superlotado. Ao som de “Com que Roupa?”, batemos um papo rápido, elogiei o trabalho dele no Som Brasil em homenagem ao Noel Rosa (coincidência, pois no programa tocou essa música mesmo). O “gente boa” pediu para eu postar no You Tube o vídeo da banda dele, pois nem ele tem o registro. Vou fuçar aqui e colocarei no ar. O site (com cara de blog) do cara é http://www.diginois.com.br/

2) Com o cinema cheio tive que sentar no chão e fiquei cheio de dores nas costas. À minha frente, com todo cuidado para não sentar sobre meus pés estava aquele ator nordestino bom à beça que fez “Cinema, Aspirinas e Urubus”, “O Céu de Suely” e a minissérie “Amazônia”. Alguém lembra o nome dele?

3) Pude reencontrar um dos meus ídolos no jornalismo, o grande Zuenir Ventura. Só pela foto (ao lado) que tiramos juntos, a saída de casa já valeu. Além de genial, é uma figura muito simpática, sabe valorizar seu público.

Bom final de semana para todos!

2 comentários:

Anônimo disse...

Vc gosta do Zuenir Ventura!!! Eu adoro ele, adoro o que ele escreve, o realismo dele! Legal! E vc escreve bem, hein... queria eu escrever assim... rs
Beijos!

Leo Felix disse...

Minha amiga Bebel – Isabel, não Francisbel –, Zuenir é um exemplo a ser seguido em termos de vida e de obra. Longevidade, relevância e ética sempre.