Natal com alegria e bom humor

Olá, amigos! 2007 chega ao fim e fazemos nosso "balanço": o que realizamos, o que deixamos de fazer, o que deu certo, o que deu errado? Nossas alegrias, tristezas, o que ficou depois de 365 dias? A principal mensagem do Natal e da chegada de um novo ano é a celebração da vida e do amor entre os homens. Que tenhamos em mente a necessidade de renovar as nossas vidas para que tenhamos futuros anos melhores.

Natal é alegria e, por que não, bom humor? Para comemorar a data, reuni meus amigos da banda Los Locos de la Cruz e gravamos um clipe para a canção natalina "Bate o Sino". Espero que gostem, é bastante diferente do original...

O espírito natalino passa longe do Rio

Vejam mais um exemplo de como o povo carioca tem vivido o espírito natalino...
Notícia publicada ontem, dia 21/12.

Briga por lugar em restaurante gera confusão e gritos de ‘tiro!’ em shopping

Luisa Valle - O Globo Online

RIO - Um simples desentendimento entre duas mulheres por lugar em um restaurante na praça de alimentação do Shopping Tijuca, na Zona Norte, causou pânico geral na tarde desta sexta-feira. Isso tudo porque uma pessoa que passava pelo local, depois de ver a cena da briga, gritou “tiro”. Foi o suficiente para começar a correria, segundo informou a assessoria do shopping.

De acordo com a assessoria, depois de discutir por uma cadeira, no restaurante Spoleto, uma das mulheres teria jogado o prato no chão. O barulho teria sido o motivo para alguém gritar “tiro”. Muitas pessoas ligaram para a policia avisando que estava havendo um tiroteio dentro do shopping. Policiais do 6°BPM (Tijuca) chegaram a receber uma denúncia e estiveram no local.

Ainda segundo a assessoria, nenhuma loja chegou a fechar, e as duas clientes que começaram a briga foram abordadas pelos seguranças do shopping e levadas para o serviço de atendimento ao cliente. Por ficar perto de muitas empresas, o horário de almoço é um dos mais movimentados do shopping, que tem registrado grande movimento também devido às compras de fim de ano.

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2OO7/1777888.asp 22/12/2007

Deu no Ancelmo...

Saiu na coluna do Ancelmo Gois ontem:

"Calma, é Natal...
Ontem, por volta de 16h, na estação Carioca do metrô do Rio, um passageiro estressado se irritou só porque estava com pressa e o bilheteiro o cumprimentou com um "boa tarde".
O passageiro, acredite, berrou: "Boa tarde é o $%#&! Eu com pressa e você de boa tarde! Vai pra %$#@&!!" Meu Deus..."

Deprimente! Será que foi mesmo na estação Carioca ou puseram esse nome pra ilustrar melhor? Não seria um "Boa tarde" que faria o homem atrasar, né? Aliás, os bilheteiros do metrô estão muito eficientes e bem treinados, dão o troco muito rápido.

* E-mail interessantíssimo enviado por Ludmila Consani.

Estimativa faz a sua cabeça

Matéria sobre o primeiro aniversário do projeto Trançando Idéias, da ONG carioca Estimativa, gravada no dia 24/11/2007, em Madureira.

Lobby das multinacionais prejudica a luta contra a desnutrição

Amigos, peço perdão por minha ausência essa semana, pois tenho trabalhado no interior do Estado do Rio na divulgação do Vestibular do Centro de Educação Superior a Distância – Cederj. Tarefa gratificante, pois conheço lugares, pessoas e maneiras diferentes de se levar a vida. Um ritmo mais lento – certamente –, mas que preserva qualidades que há muito tempo estavam perdidas nos grandes centros urbanos – a solidariedade, o companheirismo, as crianças brincando nas ruas livremente, a porta de casa sempre aberta e, principalmente, o coração aberto ao próximo. Vou postar aqui em futuras oportunidades algumas fotos das viagens diárias.

Entretanto, ao retornar deparo-me com a realidade e uma caixa entupida de e-mails. Este vale a pena ser citado, um texto enviado por minha amiga Simone Coulaud, provavelmente uma matéria publicada pela revista IstoÉ:

A cena foi comovente. O vice-presidente José Alencar preparava-se para plantar uma árvore em Brasília quando foi abordado por uma nissei de 65 anos e 1,60 m de altura. Era manhã da quinta-feira, 6. A mulher começou a mostrar fotografias de crianças esqueléticas, brasileiros com silhueta de etíopes, mas que tinham sido recuperadas com uma farinha barata e acessível, batizada de “multimistura”. Alencar marejou os olhos. Pobre na infância no interior de Minas, o vice não conseguiu soltar uma palavra sequer. Apenas deu um longo e apertado abraço naquela mulher, a pediatra Clara Takaki Brandão (foto). Foi ela quem criou a multimistura, composto de farelos de arroz e trigo, folha de mandioca e sementes de abóbora e gergelim.

Foi esta fórmula que, nas últimas três décadas, revolucionou o trabalho da Pastoral da Criança, reduzindo as taxas de mortalidade infantil no País e ajudando o Brasil a cumprir as Metas do Milênio. E o que a pediatra foi pedir ao vice-presidente? Que não deixasse o governo tirar a multimistura da merenda das crianças. Mais do que isso, ela pediu que o composto fosse adotado oficialmente pelo governo. Clara já tinha feito o mesmo pedido ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão – mas ele optou pelos compostos das multinacionais, bem mais caros. “O Temporão disse que não é obrigado a adotar a multimistura”, lamenta Clara.

Há duas semanas a energia elétrica da sala de Clara dentro do prédio do Ministério da Saúde foi cortada. Hoje, ela trabalha no escuro. “Já me avisaram que agora eu estou clandestina dentro do governo”, ironiza a pediatra. Mas ela nem sempre viveu na escuridão. Prova disso é que, na semana passada, o governo comemorou a redução de 13% nos óbitos de crianças entre os anos de 1999 e 2004 – período em que a multimistura tinha se propagado para todo o País.

Desde 1973, quando chegou à fórmula do composto, Clara já levou sua multimistura para quase todos os municípios brasileiros, com a ajuda da Pastoral da Criança, reduto do PT. Os compostos da multimistura têm até 20 vezes mais ferro e vitaminas C e B1 em relação à comida que se distribui nas merendas escolares de municípios que optaram por comprar produtos industrializados. Sem contar a economia: “Fica até 121% mais caro dar o lanche de marca”, compara Clara.












Quando ela começou a distribuir a multimistura em Santarém, no Pará, 70% das crianças estavam subnutridas e os agricultores da região usavam o farelo de arroz como adubo para as plantas e como comida para engordar porco. Em 1984, o Unicef constatou aumento de 220% no padrão de crescimento dos subnutridos. Dessa época, Clara guarda o diário de Joice, uma garotinha de dois anos e três meses que não sorria, não andava, não falava. Com a multimistura, um mês depois Joice começou a sorrir e a bater palmas. Hoje, a multimistura é adotada por 15 países. No Brasil só se transformou em política pública em Tocantins.

Clara acredita que enfrenta adversários poderosos. Segundo ela, no governo, a multimistura começou a ser excluída da merenda escolar para abrir espaço para o Mucilon, da Nestlé, e a farinha láctea, cujo mercado é dividido entre a Nestlé e a Procter & Gamble. “É uma política genocida substituir a multimistura pela comida industrializada”, ataca a pediatra.

A coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, reconhece que a multimistura foi importante para diminuir os índices de desnutrição infantil. “A multimistura ajudou muito”, diz. “Mas só ela não é capaz de dizimar a anemia; também se deve dar importância ao aleitamento materno.” ISTO É" procurou as autoridades do Ministério da Saúde ao longo de toda a semana, mas nenhuma delas quis se pronunciar. “O multimistura é um programa que não existe mais”, limitou-se a informar a assessoria de imprensa.

Somo criolo doido, somo bem legal

Olá, amigos! Nós aqui do Rio de Janeiro tivemos um mega feriado que se estendeu praticamente do dia 15/11 até hoje, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Cidade vazia e cabeça cheia de pensamentos. Abolindo os discursos panfletários, o Brasil é mestiço e ponto final, sem mais delongas. O que seria desta terra sem negros, brancos, índios e diversificados povos que participaram da formação do “brazilian way of life”? Desculpem o estrangeirismo, mas não podia perder o trocadilho...

Eu acredito ser uma personificação de tantas misturas e estereótipos que permeiam o imaginário coletivo: mestiço (não sou "moreno" apenas), filho de nordestinos ("paraíba"), morador da Mangueira ("favelado"), torcedor da Estação Primeira de Mangueira e do Flamengo (pobre e favelado de novo)... Ou seja: sou um cidadão comum, que vive e respira essa diversidade, aprendendo a cada dia a apreciar essa verdadeira arte que é viver aqui no País e ser brasileiro.

Buscando vídeos no You Tube que simbolizassem o conteúdo do meu texto, achei este que é maravilhoso. Um trabalho acadêmico postado originalmente no blog Ará Dudu e com trilha sonora de D. Yvone Lara. No blog localizei a descrição do projeto e podemos perceber que ainda há uma luz para a educação no País, pois se trata “apenas” de um trabalho do terceiro ano do Ensino Médio em uma escola estadual.

Apesar de tudo, parabéns a todos: somos da "raça brasileira".

Em primeira mão: nova música da Tribo de Levi

Olá, meus amigos! Estive ausente esta semana devido a problemas familiares (que já foram devidamente sanados) e questões profissionais.

Para marcar meu retorno, coloco no ar em primeiro mão um vídeo da minha banda, Tribo de Levi. É uma música nova, chamada "Guerreiro", composta por mim e que fará parte do nosso tão aguardado CD "Vem Viver". Vocês podem conferir também a capa do novo trabalho, que deve ser lançado no início de 2008.

GUERREIRO
Música/Letra: Leo Felix

O guerreiro já levanta para outro dia
Nova batalha no asfalto se inicia
Olha pra trás, já bem distante, vê ao longe
Filhos, mulher e tantos sonhos

Ainda cedo chega à fila do anúncio
No jornal, desesperadas faces fitam
Palavras impressas, esperanças dispersas
Por humilhação e sofrimento

Bate no peito aperto e sufoco
Dentro do bolso, somente alguns trocados
Em suas mãos um Terço e esperança

Mesmo que seja longa a luta
Não perca a confiança em Deus
Só Nele há esperança
Sua perseverança venceu
O que há de vir não tardará
Mantenha a fé para a sua salvação

Levanta meu irmão, chegou sua hora
O pão de cada dia não demora
Já foi pago muito caro com o com sangue
Com o suor e muita fé

Bate no peito aperto e sufoco
Dentro do bolso, somente alguns trocados
Em suas mãos um Terço e esperança

Mesmo que seja longa a luta
Não perca a confiança em Deus
Só Nele há esperança
Sua perseverança venceu
O que há de vir não tardará
A sua vida vai mudar
Mantenha a fé para a sua salvação


Edição de vídeo: Leo Felix

Para matar as saudades, um pouco de riso

Essa semana foi corrida demais, então para matar as saudades dêem risadas à vontade. Esse vídeo é para quem acha que fala inglês muito bem...
Abraços e bom final de semana!

Sexta de blues no Rio

Final de semana corrido com trabalho e compromissos diversos, mas deixo registrado um evento bacana que fui conferir.

Na sexta-feira estive no Circo Voador na segunda noite do Festival Nacional de Blues. Muita gente boa entre veteranos e iniciantes do gênero.

Na programação do dia estavam Flávio Guimarães e sua banda, Maurício Sahadi & Blues Groovers, Mamute e o gaúcho Cristiano Crochemore. Pela primeira vez, pude presenciar um show que não havia uma diferença gritante entre bandas de abertura e a atração principal do evento, todas foram muito competentes. Confiram as fotos tiradas com a câmera do meu celular.
Abraços!

A paz ainda dá Ibope

Olá, amigos! Fiquei realmente surpreso com a repercussão que o blog tem alcançado, principalmente na última postagem, que se referiu ao Dia Mundial da Paz, dia 01/11. Recebi vários comentários de pessoas que nem sabiam da existência do meu trabalho. Faço questão de citá-las nominalmente e dar referências para seus blogs:

André Wernner
http://andrewernner.blogspot.com/
http://uniaoeacao.blogspot.com/

Fábio Mayer
http://fabiomayer.blogspot.com/

Grace Olsson
http://almacigana.blogspot.com

Vanna
http://minhaopiniaoeasua.blogspot.com/

Abraços a todos, bom feriado!

Paz no mundo

Hoje, Dia Mundial da Paz, sigo o conselho de minha amiga blogueira Ru Correa, de Sampa. Também vou colocar uma postagem com o tema "PAZ NO MUNDO", de acordo com a campanha criada pelo Lino Resende. Mostro para vocês uma letra inédita que ainda espero gravar, chama-se "Minha Guerra", parceria com meu amigo Marcelo Garcia.

Parece contraditório falar de paz com um texto com esse título, mas acredito que é preciso muito mais que tratados ou acordos para que a paz verdadeira se estabeleça. Acredito na paz que vem do alto e que toca corações. E a paz chegará com mais igualdade, justiça e respeito entre os homens, ou seja, temos uma longa jornada...

MINHA GUERRA
Leonardo Felix / Marcelo Garcia

Minha guerra
Eu não uso armamento
Minha arma é o sentimento
Para o mundo transformar

Minha guerra
Não tem ódio nem rancor
Busco sempre o amor
Para o bem realizar

Minha guerra
É pela paz e harmonia
Eu te peço, oh Maria
Nossa Mãe venha ajudar

Minha guerra
Ë contra a dor e a injustiça
Você também se indigna
Venha comigo lutar

Minha guerra
Sua guerra
Nossa guerra é contra o mal e a ruína
O Senhor nos purifica
Nova vida aceitar

Já faz tempo
Que o conflito ganha espaço
Outro propósito deserto
Sem motivo nem razão

Crianças morrem
E na verdade não nasceram
É sempre Deus como desculpa
Mais vidas desperdiçar

Outro hemisfério
As cartas são postas na mesa
Uma nação dominante
Um remédio passional

Prazo esgotado
Para a ordem e a justiça
O dinheiro fala alto
Em cadeia mundial

Brasil 2014: quem pagará a conta?

Naquele clima de “pra frente Brasil”, as coisas seguem no Rio belo e sangrento, castigado por suas mazelas. Ficamos felizes com a escolha da Fifa, que nos deu o direito de sediar a Copa do Mundo de 2014. Mas uma pergunta não quer calar: quem pagará esta conta?

Algumas projeções já divulgadas prevêem um gasto de R$ 18 bi, em valores atuais, para a organização de um Mundial no nível da última Copa, realizada na Alemanha no ano passado. Desta bolada, a cada R$ 4, R$ 3 viriam dos cofres públicos. Para quem não sabe, este valor de R$ 18 bi corresponde a quase metade da arrecadação anual da tão contestada CPMF.

Muita coisa que ficou no papel para o Pan do Rio poderá, finalmente, se tornar realidade; afinal a “Dona Fifa” é bem mais severa que a Odepa e exigirá ampla reformulação nos transportes (incluindo corredores exclusivos para ônibus, ampliação do Metrô, trens, melhorias das estradas e resolver, de uma vez por todas, a caótica situação do sistema aéreo brasileiro), saúde, turismo, hotelaria e, principalmente, segurança pública. Todo cuidado é pouco para que o orçamento não fique fora da realidade, como aconteceu no Rio 2007 – que no final das contas foi quase quatro vezes maior que o inicial.

Nosso prazo para resolver nossas pendências será até junho de 2012. Caso os inspetores da Fifa venham até aqui e não gostem do resultado das obras, “perdeu playboy”. A Inglaterra já está ali, só esperando “a de fora” para bater uma bolinha.

Portanto, muito trabalho e vergonha na cara para aproveitarmos essa oportunidade ímpar de mudar o País. Comitê Organizador, se estiver precisando de assessores de imprensa, já me candidato com seis anos e meio de antecedência. Trabalhei no Pan dando apoio à Imprensa, arrumando escaninhos e tomando esporro do público. Tenho que retomar meu curso de inglês e começar um de espanhol. Alguém conhece algum baratinho? (risos)

Obs.: Dia 31/10, Halloween? Halloween é o cacete, viva a cultura nacional! Viva o Dia do Saci (criado pelo ilustríssimo senhor deputado federal Aldo Rebelo).
Abraços!

Para quem gostou: mais Primadonna

Olá, amigos! Muitas pessoas pediram mais detalhes sobre a Primadonna, banda que foi citada na semana passada, numa postagem sobre a gravação do seu DVD.
Disponibilizo aqui no NA LUTA o link para uma entrevista recente dos caras para o cantor Vinny, na WTN TV. Eles tocaram em versão acústica as músicas "Tudo Vai Valer a Pena" e "As Folhas".
http://www.wtn.com.br/index.php?id=543

No My Space do grupo, você confere fotos, agenda, história da banda e outros sons já prontos para o futuro CD. Além de amigos, são músicos talentosos, humildes e que buscam o sucesso comercial sem esquecer a qualidade.
Abraços!


Primadonna - "Diga"

Logomarca do "NA LUTA"

Amigos do design, conto com suas habilidades para criar algo melhor.
Abraços!

"NA LUTA": agora também em vídeo

Meus amigos, esse vídeo deu um trabalho danado pra editar, portanto espero que gostem (risos). A partir de agora, uma vez por semana vou preparar uma matéria, além das postagens habituais. O primeiro trabalho é sobre o Bar Camp, evento que reuniu blogueiros de várias regiões do país na PUC-Rio no último domingo, dia 21 de outubro. Abraços!

Cenas de intolerância explícita

Fiquei chocado com essa matéria da Agência Estado. É um absurdo que isso ainda aconteça em pleno século XXI: "Pereira alegou que a queima de imagens é uma prática comum nos cultos da Universal". O mundo não vai avançar enquanto não houver o respeito à diferença.

Pastor queima imagens sacras cadastradas no Iphan
Sex, 19 Out, 08h37

O pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) Fábio Guimarães da Silva Pereira queimou, durante um culto, duas imagens da história missioneira cadastradas no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ele havia retirado as estátuas da casa de uma família que era fiel depositária das peças em troca de orações para curar um doente. O pastor responde por crime contra o patrimônio histórico na 3ª Vara Cível de São Borja, no Rio Grande do Sul.

Pereira alegou que a queima de imagens é uma prática comum nos cultos da Universal. Mas garantiu não saber que as duas imagens, uma do Senhor Morto e outra de São Pedro, eram cadastradas no Iphan.

A denúncia ao Ministério Público foi feita pelo diretor de Assuntos Culturais do município, Fernando Rodrigues, no mês passado, quando a família Chagas resolveu fazer a doação para o museu municipal de oito imagens de madeira das quais era guardiã. Na ocasião, Oraides Chagas informou Rodrigues de que o pastor havia levado as duas imagens. Orientado pelo Iphan, o diretor procurou a Polícia Federal e o Ministério Público, que representou contra o pastor.

São Borja é um dos Sete Povos das Missões, fundado em 1636 pelos jesuítas como uma redução de índios guaranis. Dessa época, restam apenas 82 peças no estilo barroco jesuítico, todas tombadas pelo Iphan. Dessas, 35 estão no Museu Municipal Aparício Silva Rillo, 13 encontram-se em poder da Igreja Católica e as outras 34 estão espalhadas por casas de família que já detinham a posse delas.

A família Ayala Chagas, moradora de um bairro pobre da cidade, conservava em seu poder oito imagens que foram salvas de um incêndio em uma capela próxima de sua casa na primeira metade do século passado. Oraides Chagas contou que havia cinco gerações eles vinham cuidando das estátuas em um pequeno oratório na sala da residência. Com a doença de seu marido, Leôncio Ayala Chagas, que sofria de câncer, Oraides recorreu às orações do pastor para curá-lo. Em troca, ele exigiu as estátuas para queimá-las em um culto. Chagas morreu de câncer em julho e os filhos procuraram o museu para fazer a doação com o objetivo de salvar as outras estátuas.

Fonte: Agência Estado
http://br.noticias.yahoo.com/s/19102007/25/manchetes-pastor-queima-imagens-sacras-cadastradas-no-iphan.html

Remédio contra o tédio: Primadonna sem contra-indicações

Plena segunda-feira, tédio total pós-feriadão, lembrei que tinha sido convidado a participar da gravação da Primadonna no Jam House Estúdio, no Jardim Botânico. Não lembrava de jeito nenhum o que seria – um programa de TV, um clipe ou um DVD –, mas fui lá, firme, como amante de boa música, amigo e fã dos caras de longa data.

Cheguei pouco depois do horário marcado, com a certeza que iria bater com a cara na porta, pois horário de gravação é religioso. Depois de subir uma ladeira monumental, estava eu esbaforido numa casa gigantesca transformada em várias salas de gravação e ensaio. Disseram que a Sandra de Sá ensaiava ao lado.

Quanto ao horário estava enganado, pois a galera ainda aguardava o término do registro das bases com a banda. Enquanto isso, os “amigos figurantes” batiam papo e tomavam cervejas (meio quentes, diga-se de passagem). Cláudio, Bill, Sandro, Julio e Digão foram aparecendo um a um, nos avisando que chegava a hora de entrar na sala.

Fiquei chocado, pois aquele espaço deveria ser equivalente a minha casa inteira (risos). Belíssimo, som impecável, câmeras a postos e produtor (Kadu Menezes, batera do Kid Abelha) com vontade de terminar logo. Quem sabe um dia a Tribo de Levi não chega lá? Uma proposta interessante de gravar em DVD parte do repertório do CD a ser lançado com uma platéia repleta de amigos, com as músicas na ponta da língua. Pra quem não tem idéia de como funciona isso, assista o DVD "O Silêncio que Precede o Esporro", do Rappa. Parte do show foi captado no estúdio Toca do Bandido, do finado Tom Capone, com público empolgado cantando sem parar.

Hora do show! Aguardem o DVD, pois vou aparecer bastante.

Um louco batendo cabeça, dançando de forma desengonçada e tocando “air guitar” (risos).

Mudando de assunto...
Acabei de ouvir na CBN que a "Moolata", a vaquinha com ziriguidum que estava exposta na Lagoa e que abre a postagem anterior, foi depredada. Povo carioca, por favor, tenha modos!

A simpatia das vacas cariocas

O feriadão foi corrido, com show da Tribo de Levi, fui jurado em um festival de música sacra em Santo Aleixo (Magé/RJ), festas de aniversário. Mas tive que arrumar tempo para me render às simpáticas vaquinhas da Cow Parade Rio, que estarão nas ruas da cidade até o dia 26 de novembro. Tirei algumas fotos para o blog, além de registrar o fim de tarde do feriado de 12 de outubro no Arpoador. Cenas bem cariocas... Para maiores detalhes da Cow Parade: http://rio.cowparade.com/

Blogueiros se reúnem no Rio

Já que estou entrando no mundo dos blogueiros", nada melhor que participar de um evento com a nata deste segmento e que vai acontecer pertinho de nós, na PUC-Rio. Li essa notícia sobre o BarCamp e gostaria de compartilhar com vocês:

Blogueiros se reúnem no Rio
09/10/2007 04:10

O Rio de Janeiro vai sediar sua primeira edição do BarCamp, marcada para o dia 21, no auditório do RDC da Pontifícia Universidade Católica (PUC), na Zona Sul da cidade.
Realizado pela primeira vez há dois anos, nos Estados Unidos, o BarCamp é um modelo de `desconferência´, na qual não há palestrantes definidos e todos os participantes se reúnem para trocar idéias e colaborações sobre determinado tema de interesse em comum, geralmente ligado ao universo das novas tecnologias, como aplicações web e protocolos sociais, por exemplo.Eventos desse tipo ocorrem desde os tempos dos BBSs ("Bulletin Board System"). Aqui no Brasil, há quase vinte anos, usuários desses sistemas também promoviam encontros do tipo `desconferência´ reunindo nerds e agregados. No Rio, tais encontros começaram em 1988 no pub Queen´s Legs, na Lagoa, e no calçadão da praia do Leme, com todos os participantes de pé, bebendo, comendo, trocando software e discutindo novidades técnicas sobre sistemas.Pelo menos 111 blogueiros já confirmaram presença no BarCamp Rio de Janeiro, que tem o objetivo de "estimular a troca de idéias e a colaboração entre todos os blogueiros, buscando assim ajudar no amadurecimento e fortalecimento da comunidade", segundo post publicado no blog oficial do evento, no qual os interessados podem fazer sua inscrição.O evento já ocorreu em agosto, em São Paulo, onde recebeu o nome de BlogCamp - por ser um BarCamp para tratar exclusivamente sobre blogs - e reuniu cerca de 150 pessoas. Depois do Rio, o evento segue em novembro para Ceará (10), Minas Gerais (17) e Paraná (23).

A PUC-Rio fica na Rua Marquês de São Vicente 225, na Gávea.

Fonte: Portal Geek

http://www.geek.com.br/modules/noticias/ver.php?id=12789&sec=6

Sucupira é logo ali (mas a passagem é cara à beça)

O Rio de Janeiro recebe a releitura da peça “O Bem Amado”, de Dias Gomes, em uma adaptação de Guel Arraes e Cláudio Paiva, dirigida por Enrique Diaz. Tem à frente do elenco Marco Nanini, que dá vida ao lendário personagem Odorico Paraguaçu, vivido magistralmente nas telas por Paulo Gracindo. Essa remontagem não é novidade alguma, pois já está em cartaz há quase um mês no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea. Lembrei-me porque estou louco para ir e acabei de ver o proibitivo preço: R$ 70 (quintas e sextas) e R$ 80, aos sábados e domingos. Este desempregado que vos escreve aguarda doações – quem sabe de algum fundo de campanha – para poder compartilhar suas impressões sobre essa obra que continua tragicamente atual. Renan Calheiros que o diga...

Agora o senador alagoano criou o seu próprio "Big Brother". Pensou em votar contra, leva grampo e chantagem. Leiam a matéria completa do portal Último Segundo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2007/10/08/renan_nega_ter_espionado_senadores_1035241.html

Abraços!

Dá-lhe, Eduardo Coutinho!

Olá, amigos! Muitos perguntaram nessa primeira semana de blog se o “NA LUTA” seria um espaço sobre cinema. A resposta é “não”. Mas como não falar da Sétima Arte quando a Cidade Maravilhosa transpira cinema nessas últimas duas semanas? Então vamos a mais uma postagem, agora sobre o novo filme do documentarista Eduardo Coutinho, “Jogo de Cena”, lançado na última quarta-feira (03/10), no Cine Odeon, como Hors Concours do Festival do Rio 2007. A sessão era fechada aos reles mortais, portanto para entrar arrumei convite totalmente “di grátis”.

O criador de “Cabra Marcado para Morrer”, “Babilônia 2000”, “Edifício Master” e “Peões” adentra o subjetivo mundo da atuação sob o ponto de vista feminino, com participações de Marília Pêra, Fernanda Torres e Andréa Beltrão, além de novas caras do cinema e teatro, como Mary Sheila (do grupo “Nós do Morro”, que fez parte do elenco do filme “Anjos do Sol”). Num autêntico jogo de cena, ficção e realidade se misturam, colocando lado a lado os depoimentos reais das personagens e os esquetes das atrizes. Coutinho mostra uma linha tênue entre esses elementos, trama tecida por histórias que relatam maternidade, casamento, amor, dor, perdas, morte, superação e esperanças.

Se em postagens anteriores reclamei do formato experimental demais de “Diário de Sintra”, “Jogo de Cena” mostra um documentarista experiente, preocupado em favorecer a informação e a emoção em detrimento de questões estéticas. Gostaria apenas que o close fosse menos usado e que o filme tivesse uns 15 minutos a menos. Usar outros enquadramentos de vez em quando e um cenário diferente não faria mal a ninguém. Mas não é nada que comprometa o lançamento de Eduardo Coutinho, que foi bastante aplaudido pelo público antes, durante e depois de sua exibição.

Detalhes da estréia que merecem ser registrados:

1) Encontrei com o cantor e compositor Lucas Santtana, que estava se equilibrando ema espécie de corrimão na parte superior do Cine Odeon superlotado. Ao som de “Com que Roupa?”, batemos um papo rápido, elogiei o trabalho dele no Som Brasil em homenagem ao Noel Rosa (coincidência, pois no programa tocou essa música mesmo). O “gente boa” pediu para eu postar no You Tube o vídeo da banda dele, pois nem ele tem o registro. Vou fuçar aqui e colocarei no ar. O site (com cara de blog) do cara é http://www.diginois.com.br/

2) Com o cinema cheio tive que sentar no chão e fiquei cheio de dores nas costas. À minha frente, com todo cuidado para não sentar sobre meus pés estava aquele ator nordestino bom à beça que fez “Cinema, Aspirinas e Urubus”, “O Céu de Suely” e a minissérie “Amazônia”. Alguém lembra o nome dele?

3) Pude reencontrar um dos meus ídolos no jornalismo, o grande Zuenir Ventura. Só pela foto (ao lado) que tiramos juntos, a saída de casa já valeu. Além de genial, é uma figura muito simpática, sabe valorizar seu público.

Bom final de semana para todos!

Para refletir: como seria o mundo sem os seres humanos?

Imagine toda a sua poupança guardada durante anos que não foi confiscada pelo Collor porque estava debaixo de seu colchão. Por razões que só a ciência poderia explicar – para aqueles com crença forte, as explicações também podem ser encontradas na Bíblia Sagrada, no Livro do Apocalipse –, você não teria tempo para gozá-la.

Teríamos um mundo sem seres humanos, inteiramente ao dispor dos animais e, assim, a natureza seria suprema. Sem, é claro, passar impune pelos anos de degradação impostos pelo “zeloso” homem em sua aventura terrestre.

Parece filme de ficção? O cinema francês já se movimenta e abre os cofres para adquirir os direitos para rodar essa história criada pelo norte-americano Alan Weisman, aclamado escritor sobre questões ambientais, no livro “The World Without Us” (em português “O Mundo Sem Nós”). Achei muito interessante, portanto vou correr para comprar a edição nacional feita pela Planeta. Será que vai surgir mais uma franquia do tipo “livro bem sucedido, milhões de traduções, a descoberta dos segredos do autor e uma versão cinematográfica”?

Leia a entrevista com o autor Alan Weisman:
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/09/28/297925042.asp

Conheça mais a obra do autor de
"O Mundo Sem Nós"
http://en.wikipedia.org/wiki/Alan_Weisman

Educação em chamas

Não é a melhor maneira de se começar uma semana. Deixo claro: não tenho intenções político-partidárias neste texto. Escrevo como cidadão e membro da comunidade que freqüenta a UERJ há anos para cursos, atividades esportivas e culturais. Da minha minha janela pude ver as chamas consumindo parte do prédio.

O incêndio que atingiu o prédio da Universidade Estadual do Rio de Janeiro na tarde deste domingo é apenas a constatação do descaso com que vinha sendo tratada uma das principais instituições de ensino do País. Alunos, professores, funcionários e membros da comunidade já alertavam quanto às condições precárias do campus da Rua São Francisco Xavier – cortes drásticos de verba, bebedouros e banheiros quebrados, péssima conservação, sem papel higiênico, poucos elevadores em funcionamento, funcionários sem aumento salarial há anos, greves que só atrapalham o desenvolvimento acadêmico, atividades culturais escassas, sucateamento generalizado.

Como filho feio não tem pai, os últimos governos estaduais empurram de um lado para o outro a responsabilidade e o resultado é colhido agora. Aulas suspensas por período indeterminado, prejudicando mais uma vez os alunos que ainda acreditam na universidade pública. Tomara que após os danos materiais não surjam mais prejuízos para todos aqueles que dependem deste serviço gratuito, que deveria receber todos os subsídios necessários provenientes dos exorbitantes impostos cobrados pelo Estado.

Assista a matéria da Globonews:
http://tinyurl.com/2hhvo6

Leia a matéria do portal G1:
http://tinyurl.com/2tb2lx

Mato a cobra e mostro o ... documentário (parte 2)

Não consegui colocar a segunda parte do documentário "Medo de Escuro" na postagem anterior, portanto, segue abaixo o link do vídeo citado.
Boa noite!

Mato a cobra e mostro o ... documentário

Olá, amigos! Aproveitando a postagem anterior que versava sobre o documentário "Diário de Sintra" e do curta de animação "Réquiem", exibidos em primeira mão no Festival do Rio 2007, tiro dos meus arquivos de VHS um dos trabalhos que mais me orgulhei de fazer, o curta-documentário "Medo de Escuro", de 2003. Foi realizado com meus amigos Gustavo Malafaya, Bruno Resende, Francisco Carvalho, Wenya Alecrim e Sheila Venâncio, na Universidade Estácio de Sá. Que saudade, pessoal!

O que se tratava de um projeto de disciplina, tornou-se uma viagem a um mundo de descobertas, de dificuldades, preconceito e superação. Conhecemos de perto a vida de alguns deficientes visuais que transformaram nosso olhar sobre a vida. O vídeo está dividido em duas partes, espero que gostem. Abraços!

Mudei meus paradigmas: "A Bruxa de Blair" não é o pior filme de todos os tempos

Abro os trabalhos no blog (sem nenhuma conotação religiosa afro-brasileira) para comentar a experiência antropológica da sessão dupla das 19h15, válida pela Mostra Competitiva do Festival do Rio 2007. Sim, antropológica, pois ao adentrar o charmoso Odeon BR, no Centro do Rio, é possível deparar-se com as mais diversas manifestações culturais, sociais, sexuais, entre outras. Mas filme que é bom, muito pouco...

Nesta postagem serei alvo de comentários dos defensores da pureza e da experimentação da Sétima Arte, mas afirmo com todas as letras: "Diário de Sintra", de Paula Gaitán, até hoje é o pior filme que já assisti, superando (com louvor) "A Bruxa de Blair". A película dirigida pela víuva de Glauber Rocha segue a linha do "pseudo horror movie" ianque, na categoria "vai acontecer alguma coisa, agora vai, ainda não, acabou". Promete muito e diz muito pouco.

Quem foi ao belo Odeon para ver imagens raras do genial cineasta baiano do Cinema Novo teve que se contentar com experiências estéticas sem sentido, sem ligação alguma, ou cronologia. Posso ser antiquado, mas documentário pra mim tem que ter roteiro, edição precisa, objetividade e foco para não cair na narrativa meramente didática e arrastada. Fiquei com a sensação de assistir a um "Arquivo Confidencial" do Faustão dirigido pelo Glauber, com direito a toda agonia e desconforto proporcionados por seus filmes feitos no melhor estilo "câmera na mão e uma boa idéia na cabeça".

Ao retornar a cenários e retomar cenas da família no exílio em Portugal, esperava-se alguma informação mais relevante sobre o criador de Deus e o diabo na terra do sol (1964), Terra em transe (1967) e O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969). Aguardei ansiosamente por depoimentos, personagens da vida de Glauber Rocha em sua estada na Europa (até 81). Em determinado momento, pensei que iriam fundar a "Igreja Glauberiana dos Próximos Dias", tamanha profusão de objetos pessoais, fotos organizados tal qual um altar, quiçá "relíquias".

Enfim, uma decepção que só não foi maior porque consegui pagar apenas "oito real" (o ingresso custava R$ 13) na mão de uma pessoa sensata que desistiu antes da sessão. Ah, ia esquecer de comentar o curta que abriu a sessão, "Réquiem", de Felipe Duque. Feito em animação e uma narração irritante, é algo digno de projeto de faculdade. Serviu para levantar a discussão sobre os critérios de avaliação da Petrobras para selecionar projetos audiovisuais. Mas isso é papo pra outro "post". Vou me preparar para os comentários revoltados...

Seja bem-vindo!

Olá, amigos! Este será o espaço virtual que vou utilizar para compartilhar minhas aventuras, criações na música e no jornalismo, minhas "viagens" cotidianas, além, é claro, de comentar algumas notícias. Espero que a leitura seja prazerosa, conto com vocês!